Barbaria - Entrevista

Formado em 2008 na região de Mogi Mirim/SP, o Barbaria vem ganhando destaque na região com seu Heavy Metal tradicional, chegando a tocar ao lado de nomes conceituados no underground, como Slasher, Kamala e Hellish War. O blog Headbanger Rage conversou com o vocalista Draco Louback, que nos contou sobre o processo de composição da Demo ‘Under The Black Flag’, as influencias do grupo, a gravação do vídeo clipe, os planos futuros e muito mais! Confiram com exclusividade:

HR: Primeiramente gostaria que você nos contasse um pouco sobre a história do grupo. Como vocês se conheceram, qual a formação atual, o motivo da escolha do nome etc.

Draco Louback: Não me lembro exatamente o ano, mas sei que há um bom tempo venho tocando com o Fernando, o batera, e inclusive ele que teve a maravilhosa ideia do nome. Foi bem antes da banda se levar a sério, procurávamos um nome forte, curto, e que não pertencesse ao clichê. Assim, ele sugeriu: Barbaria, piratas do mediterrâneo que eram conhecidos assim. Não tinha em mente um estilo definido ainda, foi depois de mudanças que encontrei o Carlos Veraart, atual baixista, pra entrar pro barco. Então o Marcelo, que tem um estilo conciso, sem aquelas firulas chatas, permaneceu na Guita e assim seguimos.

HR: A Demo ‘Under The Black Flag’ teve uma ótima recepção nas redes sociais. Nela a banda mostra força, vigor e peso, com bastante e competência e profissionalismo. Como foi o processo de composição? A que você atribui essa aceitação por parte do público? 

Draco Louback: Foi tentado, em vão, outro álbum, mas a banda naquela época, estava num marasmo terrível, muita fala pra pouca ação. Após a mudança, resolvemos então criar um tão prometido trabalho. Como sempre vi música com outros olhos, sem firulas técnicas, coisas que não tiram nada do seu público, além de bocejos, a regra seria: Fazer música direta, sem frescura, ela tinha que soar legal como um todo e não para inflar egos de músicos, por exemplo não colocar passagens enfadonhas ou solos eternos, isso cansa qualquer ouvinte. A partir dessa filosofia o público pôde aceitar nossa “facilidade’’ musical, percebendo que nossos refrões podem ser entoados numa roda, com a galera bebendo e se divertindo”. E ultimamente, é o que mais vejo nos shows do Barbaria.

HR: Vocês têm participado de diversos eventos e já tem outros vários na agenda, como o Itaipava e TNT Energy Drink, Metal For All e Master Rock. Como as músicas têm soado ao vivo e de que forma você nos descreveria um show do Barbaria?

Draco Louback: Ressaltando também o Thor Hammer fest, lá no Manifesto, em Sampa, um dos maiores eventos pagan folk. Como havia dito, as músicas estão dançantes, pesadas, em Pouso Alegre, onde tocamos no Família Metal, a galera se abraçava, dançava e até cantava nossa música. Eu defino como um show explosivo, você se sente no olho do furacão.

HR: Apesar de simples, a arte gráfica do registro mostra bem o que a banda quer passar em sua temática. Quem vocês escolheram para trabalhar com o designer da capa? Como se deu o primeiro contato com ele?

Draco Louback: A simplicidade é tudo, deixa essa perfeição técnica no pros renascentistas de plantão aí hahahaha, na verdade a capa foi feita pelo Fernando Piasecki e a contra capa por mim, mas a decisão foi tomada pelos quatro integrantes, como a maioria das coisas que são decididas entre a gente.

HR: Em seu ponto de vista, qual a diferença do Barbaria para as dezenas de bandas que abordam temas como piratas, navios, portos e aventuras?

Draco Louback: Poutz, pergunta difícil! Hehehe bom, Running Wild é o rei dos mares, não tem o que falar deles, e o engraçado que só descobri a banda, depois que comecei o Barbaria.

HR: Quais bandas vocês citam entre as influencias do grupo?

Draco Louback: Vai muito além de bandas, eu, falando por mim, só gosto de coisa estranha, hahaha, mas pra simplificar, dar uma ênfase nesse quesito, digo que as principais influências são: Grave Digger, Rammstein e Running Wild. Lógico, que tem muito mais aí, mas pra exemplificar, são as três.

HR: Quem trabalhou com vocês no clipe da música Under The Black Flag? Como foi o processo de filmagem?

Draco Louback: O clipe foi trabalho em grupo, uma câmera, algumas ideias. Eu filmei alguns takes, Fernando outros. Esse trabalho do Under, desde cd até o clipe, foi uma promessa cumprida, daquilo que nunca conseguimos fazer antes. Eu conversei com o Fernando que havia visto um filme do Stanley Kubrick, o mesmo diretor do Laranja Mecânica, chamado Barry Lindon, onde tudo fora gravado por luz natural. Tomamos a ideia inicial, e o Fernando com sua mente que fabrica ideias, deu uma porrada de ideias sobre elaborá-lo e filmá-lo. Foi muito bom fazê-lo.

HR: Qual a sua opinião sobre as bandas atuais que estão surgindo em SP? Como Barbaria vê o cenário underground na região e qual a interação com os outros grupos?

Draco Louback: Nossa, tenho visto crescer tanto, ainda mais o interesse por compor seus próprios sons, isso é muito bom. O cenário parece aumentar, muitos shows, casas, eventos, algumas casas ainda optam pela aquela mesmice de covers, mas há esperança, tem muita gente querendo fazer acontecer. Com nossas apresentações, fizemos amizade com várias bandas, e pelo menos, não tenho o que reclamar disso, estamos todos no mesmo barco, lutando por um espaço. Não adianta, você arrumar contatos e ficar guardando numa caixa egoísta, pra cena acontecer os outros tem que mostrar a cara e se você pode ajudá-los, faça-o!

HR: Qual a relação do grupo com o mercado Europeu, já que lá essa temática corsária tem uma popularidade bem maior que em nosso país? Vocês pretendem investir nesse mercado e expandir os horizontes ou seus planos estão firmados em território nacional?

Draco Louback: Nosso trabalho foi muito divulgado por lá, nosso Manager é da Espanha, e lá ele abriu portas em rádios Francesas,Colômbia e da Espanha. Inclusive ele até nos chamou para um fest lá, mas ainda era cedo pra isso, chegará a hora certa que está sendo planejada há um bom tempo.

HR: O que você nos pode adiantar sobre o tão esperado álbum de estúdio, intitulado Watery Grave?

Draco Louback: Eu tenho boas expectativas com este álbum, está agendado o dia de iniciar o novo horizonte. No Watery grave podemos expor todas as nossas ideias e influências, um álbum conciso, forte. O tempo trará essa resposta quando você ouvi-lo.

HR: Muito obrigado por essa oportunidade e pelo tempo concedido. Podem contar com o apoio do Headbanger Rage no percurso do Barbaria. Para finalizar, uma última mensagem aos nossos leitores.

Draco Louback: Fica o agradecimento ao Headbanger Rage! E agradeço de coração a todos que estiveram presentes nos shows, tomando do rum deste navio chamado Barbaria... Abraço a todos!


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